Presos desde o dia 12 de março, os dois ex-policiais militares suspeitos de participarem da morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes foram transferidos na quinta-feira (28) para um presídio federal no Rio Grande do Norte. De acordo com a Agência Brasil, Ronnie Lessa e Élcio Queiroz seguiram para a nova unidade na quinta, mas a informação só foi divulgada na sexta-feira (29) por motivos de segurança.
A dupla era mantida no presídio de segurança máxima no Complexo Prisional de Bangu. Os dois homens foram presos dois dias antes de o crime completar um ano, em meio a falta de respostas. Marielle Franco e o seu motorista foram mortos a tiros no dia 14 de março de 2018. Segundo a denúncia, Lessa disparou os tiros que mataram Marielle e Queiroz dirigiu o carro que interceptou a vereadora, de onde partiram os disparos.
A Justiça do Rio aceitou a denúncia contra o policial reformado Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio Vieira de Queiroz três dias após a prisão da dupla. Os dois se tornaram réus e responderão por duplo homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emboscada e recurso que dificultou a defesa da vítima). Eles também responderão por tentativa de homicídio contra a assessora que sobreviveu e por crime de receptação.
As investigações continuam para que, além dos atiradores, sejam identificados também os mandantes do crime. A polícia, no entanto, não descarta a possibilidade do homicídio ter sido motivado por ódio de Ronnie contra a vereadora.