Um estacionamento para a Polícia Civil, com custo mensal de R$ 70,5 mil, desponta como um dos aluguéis mais caros pagos pelo governo do Estado para os órgãos de segurança. Aos fundos do Palácio da Polícia, o imóvel só perde para a nova sede do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), de R$ 85 mil, na Zona Norte.
Nos últimos cinco anos, o Estado desembolsou R$ 50,9 milhões com aluguéis para Polícia Civil, Brigada Militar (BM), Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) e Instituto Geral de Perícias do Rio Grande do Sul (IGP).
Na lista da Polícia Civil, também constam 27 das 93 delegacias espalhadas pelo Estado que têm apenas um servidor trabalhando. Por mês, são desembolsados R$ 40,7 mil em aluguéis para a manutenção dessas estruturas, além do salário dos servidores e outras despesas.
Ao todo, a Polícia Civil é responsável por 83% do total desembolsado pelo Palácio Piratini com aluguéis para órgãos de segurança: foram R$ 42 milhões nos últimos cinco anos. Os dados foram obtidos pela reportagem por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI).
Sobre o gasto com o estacionamento na área central da Capital, o subchefe da Polícia, Fábio Motta Lopes, observou que ali ficam veículos dos servidores que trabalham no Palácio da Polícia. Sobre o novo prédio do Deic, lembrou que, à época, foram feitos estudos para encontrar um prédio próprio para abrigar todo o departamento, mas não foi encontrado, apesar de o Estado possuir mais de 2 mil imóveis que estão atualmente desocupados. Como a intenção era reunir num mesmo endereço todas delegacias do Deic, a decisão foi de permanecer em edifício locado. Antes, eram ocupadas duas áreas distintas.