A permuta de imóveis para a construção de prisões virou palavra de ordem nos governos de José Ivo Sartori e de Eduardo Leite, com a intenção de amenizar a superlotação do sistema carcerário, que enfrenta déficit de 13 mil vagas. De acordo com o vice-governador e secretário da Segurança Pública, Ranolfo Vieira Junior, há mais de 2 mil imóveis públicos desocupados no Estado, alguns podendo ser permutados, o que reduziria o valor do montante gasto pelo governo com aluguéis para os órgãos de segurança - R$ 50,9 milhões foram desembolsados nos últimos cinco anos.
Vieira Junior explica que, como ocorreu com a Penitenciária de Porto Alegre, uma empresa assumiria a construção da casa prisional e receberia em troca um prédio que pertence ao governo Estadual. Segundo o vice-governador, há locais avaliados em até R$ 100 milhões, como o da Fundação de Ciência e Tecnologia (Cientec), no centro de Porto Alegre.
O subchefe da Polícia, Fábio Motta Lopes, salienta que a corporação não tem autonomia financeira, mas entende que a alternativa de economia seria se mudar para prédios próprios ou que o Estado adquiriu por meio do pagamento de dívidas. Segundo Lopes, um estudo é feito para verificar como atenuar a situação.
– O governo está analisando áreas, vendo prédios que são do Estado – reforça o subchefe.