A morte do lutador de MMA Leandro Frois, 32 anos, na madrugada de quinta-feira (17), em Porto Alegre, teve grande repercussão entre os praticantes do esporte no Estado. O atleta morreu em atendimento no Hospital de Pronto Socorro (HPS), para onde foi levado após ser encontrado agonizante em uma cela do setor de triagem da Cadeia Pública de Porto Alegre (Presídio Central).
De acordo com a direção do estabelecimento prisional, Frois teria provocado a própria morte por enforcamento.
— Chegou a ser socorrido. Ainda com sinais vitais, foi levado ao hospital, onde chegaram a realizar os procedimentos necessários, mas ele não resistiu — explica o diretor do presídio, tenente-coronel Carlos Magno da Silva Vieira.
Responsável pela fiscalização do Presídio Central pela Vara de Execuções Criminais de Porto Alegre, a juíza Sonáli da Cruz Zluhan tem a mesma convicção de que foi um caso de suicídio.
— Estava isolado, sozinho na cela de triagem, pois nunca havia entrado no presídio. De qualquer forma, como de praxe, será aberta uma sindicância interna para apurar as circunstâncias — afirma a magistrada.
Para o delegado Rodrigo Reis, da 1ª Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa de Porto Alegre (1ª DHPP), as circunstâncias da morte ainda precisam ser investigadas.
— Ainda não podemos apontar o que ocorreu. Não havia local de crime, pois a vítima foi socorrida. Então, vamos ouvir testemunhas e aguardar o laudo de necropsia. Por enquanto, não descartamos qualquer hipótese — afirma.
Violência doméstica
Frois estava no Presídio Central há poucas horas. Teria sido levado para lá após autuação em flagrante na 2ª Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento (2ª DPPA) por violência doméstica. As circunstâncias dessa ocorrência ainda eram pouco conhecidas pela juíza e pelo delegado Reis quando a reportagem entrou em contato.
Tanto a prisão, quanto a morte do lutador surpreendeu o círculo de amizades de Frois.
— Ele era bem conhecido na Zona Norte, já deu aulas de MMA e jiu-jitsu. Participou de muitos eventos, inclusive, de quatro lutas internacionais — conta um amigo, que pede para não ser identificado.
No cartel de lutas de Frois constam 13 vitórias (cinco por nocaute), um empate e seis derrotas (duas por nocaute).