O diretor da Cadeia Pública de Porto Alegre negou que os 164 presos que deixaram o pavilhão A do Presídio Central e foram alojados provisoriamente no pátio da instituição não foram expulsos do prédio por outros detentos. Conforme o tenente-coronel Marcelo Gayer Barboza, a administração da casa prisional optou por retirar o grupo do pavilhão porque havia um conflito entre presos dentro da galeria após a morte de um criminoso conhecido como Colete, na última semana, na Vila Maria da Conceição, em Porto Alegre.
– A direção da casa determinou e a gente decidiu tirar eles dali porque havia uma situação de conflito após essa morte. Como nós acompanhamos o dia a dia da cadeia, sabemos que a consequência que isso poderia dar. Resolvemos tirar eles dali. A opção que nós tivemos foi alojá-los no pátio – disse Gayer, frisando que o local em que os presos estavam era parcialmente coberto e tinha banheiros.
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Na última semana, a direção do presídio e representantes da Susepe discutiram a realocação dos 164 presos. Após análise dos perfis, os 20 detentos considerados mais perigosos foram levados para penitenciárias em Charqueadas e Arroio dos Ratos. O restante foi realocado em outras galerias do Presídio Central. Conforme Gayer, a demora para retirar os presos do Central ocorreu devido a falta de vagas no sistema prisional.
Após a ação, o secretário de Segurança Pública do Estado, Cezar Schirmer, concedeu entrevista coletiva para falar da realocação dos presos, e afirmou que não houve expulsão de detentos de dentro do pavilhão.
– Eles queriam uma galeria própria, um espaço próprio, e nós não aceitamos. O que fizemos foi remanejá-los. Vinte foram para outros presídios, em Charqueadas e Arroio dos Ratos. E outros foram redistribuídos no Presídio Central. A ótica correta é o poder público decidir onde colocar os presos e o que fazer com eles. Não é o contrário – frisou o secretário da segurança pública, Cezar Schirmer.