O promotor do Ministério Público do Estado (MP-RS) Luciano Vaccaro, explicou, em entrevista ao programa Estúdio Gaúcha na noite desta segunda-feira (10), como funciona a força-tarefa nacional para atender as vítimas de eventuais crimes praticados pelo médium João de Deus.
Vaccaro é coordenador do Centro de Apoio Operacional Criminal e da Segurança Pública do MP-RS. Ele destacou que as vítimas podem formalizar a denúncia por meio do site do Ministério Público ou pelo e-mail siac@mprs.mp.br.
— Em denúncia, há todo um formulário a ser preenchido ou também pelo e-mail. É importante dizer que coletaremos aqui no Estado do Rio Grande do Sul essas informações, eventuais depoimentos e vamos remeter tudo para o Ministério Público de Goiás, onde as investigações, juntamente com a Polícia Civil, estão sendo encaminhadas.
O promotor destacou que existem meios para preservar a identidade da vítima:
— Há mecanismos para proteger a identidade neste momento, mas, como nós precisamos também formalizar esse depoimento e encaminhamento ao Estado de Goiás, é importante que a suposta vítima faça o contato e aí nós prestamos todos os esclarecimentos necessários.
Vaccaro informou que a força-tarefa não tem prazo para terminar. Até o momento, cerca de 10 pessoas entraram em contato com o MP no Rio Grande do Sul para solicitar informações sobre como denunciar os casos.
Investigação
A promotora Gabriela Manssur, de São Paulo, informou que, desde que as suspeitas foram reveladas no programa Conversa com Bial, da TV Globo, foi procurada por mais de 200 mulheres que também fazem relatos semelhantes – ela participou da entrevista exibida na madrugada de sábado. Há casos que teriam ocorrido com adolescentes.
A força-tarefa do Ministério Público (MP) de Goiás que apura as denúncias de crimes sexuais que teriam sido cometidos pelo médium João de Deus recebeu 40 relatos em apenas um dia.