O Foro Regional da Restinga voltará a funcionar. A decisão foi informada pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) em reunião com comissão de moradores na terça-feira (25). O prédio não está em operação desde setembro de 2016, quando foi fechado para reformas. As obras deviam ter sido concluídas no ano passado, mas o cronograma sofreu atrasos. Um movimento de promotores, defensores públicos e juízes não quer que as atividades no local sejam retomadas em razão da disputa entre facções criminosas no local, como mostrou reportagem do Grupo de Investigação da RBS (GDI).
O presidente do TJ-RS, desembargador Carlos Eduardo Zietlow Duro, afirmou que o poder público não pode deixar "a comunidade no abandono", garantindo que o local será reaberto após a conclusão das obras, prevista para dezembro:
— O poder público não pode se eximir, se ausentar e deixar a comunidade ao abandono. Terminada a obra de reforma do prédio do foro, o Judiciário volta a funcionar na Restinga.
O presidente e o 2º vice-presidente do TJ-RS, Almir Porto da Rocha Filho, destacaram que a área criminal ficará concentrada no Foro Central, assim como os demais foros regionais de Porto Alegre. Também presente no encontro, o comandante do 21º Batalhão da Brigada Militar (BM), major Macarthur Vilanova, explicou que esse procedimento garante mais segurança a testemunhas que depõem em processos.
O comandante afirmou que os indicadores de criminalidade no bairro estão em queda desde o início de 2018. No entendimento do major, a confirmação da permanência do Foro na Restinga "acalma o coração" da comunidade, que já perdeu diversos serviços.