O vereador Mário Peres (PSDB), confirmou ser o proprietário do galpão onde a Polícia Civil apreendeu 791 quilos de maconha na manhã desta terça-feira (14). O depósito fica no pátio da casa onde o político mora, no bairro Vila Rica, em Gravataí. No local, os policiais também investigam a suposta realização de rinhas de galo. Nove aves foram apreendidas, sendo que uma delas estava com ferimentos. Ninguém foi preso.
Em entrevista a GaúchaZH, Peres negou envolvimento e disse que apenas alugava o espaço para um vizinho.
— Tenho alguns imóveis que alugo e esse era um deles. Não sabia disso e vou colaborar com todas as investigações. Fiz um contrato de aluguel de cinco anos para que o locatário usasse e, em contrapartida, retiraria resíduos de couro que estavam armazenados no local, depois que a fábrica de um familiar que trabalhava com isso quebrou — disse.
O político se defendeu dizendo que nunca desconfiou de nada no local, mesmo que morando a poucos metros. Além da droga apreendida e dos galos recolhidos, os agentes da 2ª Delegacia de Polícia de Gravataí também encontraram ligação clandestina de luz no galpão.
O delegado responsável pelas investigações, Rafael Sobreiro, irá chamar o vereador nos próximos dias para depor. A polícia apura o envolvimento de Peres com o caso.
Conforme a Polícia Civil, o local onde ocorreu a apreensão funcionava como centro de distribuição de drogas de uma facção criminosa para traficantes de toda a Região Metropolitana. A maconha tinha até selo de qualidade da organização criminosa colado nos pacotes.
A Fundação Municipal de Meio Ambiente de Gravataí foi acionada para recolher os animais e também por conta de pedaços de couro jogados no pátio do depósito.
O vereador ficou como suplente nas eleições de 2016 e assumiu vaga na câmara no ano seguinte, após o vereador eleito, Áureo Tedesco, tornar-se vice-prefeito.