A Justiça marcou dois novos julgamentos de mais cinco réus no caso Eliseu Santos, ex-secretário da Saúde de Porto Alegre assassinado em fevereiro de 2010. Um dos cinco processos sobre o crime foi dividido em dois júris que irão ocorrer em outubro e novembro deste ano. Em 2016, outros dois acusados foram condenados a 27 anos de prisão. Todos os processos são de homicídio qualificado.
A juíza Tais de Barros entendeu que, devido à complexidade do caso e ao grande número de testemunhas arroladas pelas partes, haveria a necessidade de cisão dos julgamentos na 1ª Vara do Júri do Foro Central.
O julgamento de Marcelo Machado Pio e Jonatas Pompeu Gomes foi marcado para 4 de outubro deste ano. Em 8 de novembro, tserão julgados Cássio Medeiros de Abreu, José Carlos Elmer Brack e Marco Antônio de Souza Bernardes. O processo sofreu cinco cisões na fase inicial.
Em 2016, os réus Eliseu Pompeo Gomes, apontado como autor dos tiros que mataram a vítima, e Fernando Junior Treib Krol foram condenados a 27 anos de prisão. Krol estava foragido e foi preso um ano depois, em maio de 2017.
Além destes dois processos, há outros três que ainda estão em andamento. Um deles envolve os réus Janine Bitello, Adelino da Silveira e Aroldo da Silva e que teve uma última movimentação processual em outubro de 2016. Outro processo envolve o réu Jorge Hardoff, sem nova data para audiência. Por fim, no quinto e último processo, houve a sentença de pronúncia ao júri dos réus Marcelo Dias Souza e Robinson Teixeira dos Santos. No entanto, houve um recurso em segunda instância, portanto, é aguardado o resultado para dar prosseguimento ao caso.
Entenda o caso
Eliseu Santos foi morto a tiros na noite de 26 de fevereiro de 2010, no bairro Floresta, em Porto Alegre, quando saía de um culto religioso com a família. Ele estava acompanhado da mulher e da filha. Entrava no carro quando foi abordado. A Polícia Civil concluiu que ele foi vítima de um latrocínio (roubo com morte), mas o Ministério Público entendeu que ele foi vítima de um complô para matá-lo. Houve, na época, uma polêmica entre as duas instituições.