A Justiça decretou, na tarde desta quarta-feira (7), a liberdade dos cinco suspeitos presos no caso do suposto ritual satânico, em Novo Hamburgo, e revogou os pedidos de prisão preventiva de sete homens — os cinco presos e outros dois até então foragidos. A decisão é da juíza Angela Roberta Paps Dumerque, da Vara do Júri da Comarca de Novo Hamburgo.
O pedido de soltura havia sido feito pela Polícia Civil, com parecer favorável do Ministério Público. Na decisão, a magistrada diz: "Com o aprofundamento das investigações, se observa que as novas informações angariadas ao feito possuem o condão de derruir o conjunto probatório até então existente, revogo a prisão preventiva e concedo a liberdade provisória".
Além de Sílvio Fernandes Rodrigues, 44 anos, líder do templo, foram presos durante a investigação Márcio Miranda Brustolin, Jair da Silva e Andrei Jorge da Silva e Paulo Ademir Norbert da Silva, até então suspeitos de participação nos crimes. Outras duas pessoas eram consideradas foragidas.
Em entrevista ao programa Gaúcha+, da Rádio Gaúcha, o advogado Marco Alfredo Mejia, que representa Rodrigues, comentou a reviravolta no caso e afirmou que houve "precipitação ideológica" por parte da investigação.
— Desde o início a defesa falou sobre a completa falta de culpabilidade por parte dos réus. Eles não têm relação nenhuma com o processo, as provas técnicas foram feitas de forma precipitada. Foram apenas testemunhas. Hoje dão conta de que elas foram coagidas, que voltaram atrás e o processo por si só se esvazia completamente com relação a autoria — disse.
GaúchaZH tenta contato com as defesas dos demais envolvidos.