Um vídeo sobre uma abordagem da Brigada Militar (BM) em um condomínio de Canoas, na Região Metropolitana, tem circulado nas redes sociais. Entre a noite de quinta (26) e a madrugada desta sexta-feira (27) foi registrado um conflito entre moradores e policiais. Após a ação, pelo menos 11 veículos foram incendiados.
De acordo com os moradores do condomínio localizado na Rua Campinas, no bairro Mathias Velho, houve truculência na abordagem dos PMs. Uma moradora afirmou que os agentes teriam agredido o porteiro porque o portão estaria emperrado e teria demorado para abrir. O porteiro seria o homem que aparece no vídeo caído no chão (veja abaixo).
O coronel Márcio de Azevedo Gonçalves, responsável pelo Comando de Policiamento Metropolitano, explica que, caso tenha ocorrido algum tipo de excesso na abordagem será apurado no Inquérito Policial Militar (IPM). Contudo, diz que a pessoa que estava na guarita estava disparando fogos de artifício contra os policiais, assim como moradores que estavam em janelas.
Ele chama atenção para o cordão de policiais do Batalhão de Choque que estão posicionados no portão — que também é possível ver no vídeo — e afirma que a abordagem ocorreu após os arremessos de pedras e fogos, além de disparos de arma de fogo contra os PMs.
O oficial da BM explica que o comportamento dos moradores configura uma tentativa de homicídio contra os policiais. Nesse caso, segundo a ele, a BM tem autorização para realizar a abordagem dentro do condomínio, que é um espaço privado, mesmo sem mandado em razão de “flagrante delito”. Ele explica que cerca de 70 policiais militares participaram da operação, entre agentes do 15º BPM, de Canoas, do 33º BPM, de Sapucaia, do 34º BPM, de Esteio, e do 1º BPC Choque, de Porto Alegre.
— A Brigada Militar jamais vai acobertar qualquer excesso, se ficar comprovado no inquérito, a corporação vai tomar as medidas cabíveis — afirma o coronel.