A Polícia Civil afirma ter voltado à estaca zero na investigação sobre a morte de duas crianças encontradas esquartejadas em Novo Hamburgo, no Vale do Sinos, em setembro de 2017. Uma pessoa foi presa por falso testemunho e denunciação caluniosa nesta quarta-feira (7). Inicialmente, a polícia apontou que o assassinato de dois irmãos teria envolvido um ritual satânico em um templo em Gravataí, na Região Metropolitana.
A polícia, agora, aguarda uma decisão judicial em relação aos cinco suspeitos presos e aos outros dois foragidos. O que motivou a mudança no rumo das investigações foi uma acareação entre as testemunhas. Uma delas voltou atrás e agora afirma que foi coagida e que mentiu após ser pressionada. Uma entrevista coletiva será concedida pela Polícia Civil no final da tarde desta quarta para divulgar informações sobre o caso. O inquérito foi prorrogado em janeiro por 60 dias.
Revelações divinas
Na época em que estava com o inquérito, o delegado Moacir Fermino disse ter tido "revelações divinas" de profetas, que teriam apontado inclusive quem deveria ser ouvido na investigação. O delegado Rogério Baggio, que reassumiu o caso em janeiro, pediu ao colega que informasse quem seriam, o que foi negado.