Ações desenvolvidas pela Secretaria da Segurança Pública ao longo de 2017, ainda que muitas tenham sido adotadas em caráter emergencial, apresentaram resultados positivos, principalmente no que diz respeito aos crimes contra a vida no Estado e em Porto Alegre.
O mais significativo foi a queda no número de latrocínios (26% no Estado e 69% na Capital), que pode tirar a vida de qualquer pessoa, independentemente de sexo, idade ou classe social. Muito embora o bem jurídico visado neste tipo de crime seja o patrimônio, o crime resulta em mortes.
Em relação aos homicídios, os números ainda são elevados e não há motivos para comemorações. Há de se destacar a queda no número de ocorrências, que foi de 1,5% no Estado, e 18,5% na Capital. Sobre esses dados, é preciso se elogiar as estatísticas apresentadas que, pela primeira vez, além do número de casos, revelaram o número de vítimas.
Porém, justamente nesse número é que reside uma preocupação. Ao mesmo tempo em que ocorreram menos homicídios, mais pessoas morreram por esse tipo de crime. Isso demonstra que ocorreram mais assassinatos com mais de uma vítima.
Na busca de uma explicação para esse fenômeno, o próprio chefe de Polícia, delegado Emerson Wendt, admite que, em suas ações, quadrilhas e facções criminosas estão matando não só inimigos, como também testemunhas. Por isso, ocorrem homicídios múltiplos, acabando com um número maior de vidas, muitas destas, inocentes.