A Polícia Federal (PF) no Rio Grande do Sul divulgou o balanço de operações de 2017 — foram 114 ações deflagradas. O número representa aumento de 54% em relação a 2016 e coloca o Estado, pelo segundo ano consecutivo, como o que mais realizou operações no país.
Nesta quarta-feira (31), o superintendente da PF no RS, Ricardo Saadi, concedeu entrevista ao Atualidade e falou que o foco tem sido operações que evitam os desvios de recursos públicos no Estado.
— Nas operações que foram deflagradas conseguimos evitar mais de R$ 2,1 bilhões de prejuízos — esclareceu o superintendente, o que representa R$ 1 bilhão a mais em relação ao ano anterior.
Os dados integrados entre instituições são fundamentais para garantir os resultados positivos das operações, segundo ele. Durante a entrevista, o superintendente falou sobre a entrada de drogas e armas no RS e que existem ações constantes nas fronteiras, especialmente em Santana do Livramento.
— O foco está no combate de desvios de recursos públicos, mas é claro que o tráfico de drogas está entre as prioridades também — comentou.
Sobre a Operação Lava-Jato, Saadi afirmou que a importância do trabalho da PF está na busca pela identificação do patrimônio das organizações criminosas investigadas e o uso da inteligência. De acordo com o superintendente, a cooperação nas investigações internacionais, sobretudo na questão da lavagem de dinheiro são intensas.
— O crime não é praticado em um único país, a Lava-Jato foi a operação com maior cooperação nas investigações sobre recursos internacionais, ou seja na lavagem de dinheiro.
O foco da PF em 2018, conforme Saadi, continuará sendo a investigação de crimes financeiros e as ações para evitar prejuízos ligados a recursos públicos, mas sem deixar de priorizar ações contra tráfico de drogas, de armas e contrabando.
Confira o áudio da entrevista do superintendente: