O diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, classificou, na noite de quarta-feira (10), como "um direito do cidadão" saber antes das eleições de outubro os resultados das investigações da Operação Lava-Jato.
Nesta quarta-feira, ele autorizou a nomeação de mais oito delegados, sete escrivães e 17 analistas para atuar no Grupo de Inquérito (GINQ) responsável pelas 273 investigações em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF). A medida, que mais do que duplica o número de equipes no caso em Brasília, busca acelerar as apurações no âmbito da Corte para tentar concluí-las até agosto.
– É um direito do cidadão saber o resultado das investigações, que pairam sobre a cabeça de vários congressistas e políticos de todos os Estados. E há uma dúvida sobre o cometimento desses crimes, porque eles alegam que não cometeram nada. O que a gente pode fazer de melhor para a população é apurar esses crimes, apontar quais são os criminosos, quais são esses crimes que cometeram. O melhor que a gente tem a fazer é separar o joio do trigo. É apontar os criminosos para a população e aqueles que não devem nada para a Justiça que sejam isentados das investigações – afirmou Segovia ao programa Estúdio Gaúcha, apresentado por Rodrigo Oliveira e produzido por Bruno Pancot e Yasmin Luz.
Ouça a entrevista na íntegra:
Na entrevista, ele evitou falar sobre o inquérito que envolve o presidente Michel Temer. O Palácio do Planalto recebeu, na semana passada, 50 questões da PF, que apura suspeitas de favorecimento irregular ao setor portuário em um decreto que mudou as regras das concessões de área. Segovia destacou que as investigações correm sob sigilo e admitiu que não deveria ter ocorrido o vazamento das perguntas.