Dois pilotos da Marinha dos Estados Unidos se ejetaram e sobreviveram à destruição, neste domingo (22), de seu avião sobre o Mar Vermelho, que foi "erroneamente" abatido por um míssil disparado de um cruzador americano, anunciaram os militares.
Mais tarde, os rebeldes huthis do Iêmen, que desde o início da guerra na Faixa de Gaza, em solidariedade aos palestinos, realizaram vários ataques no Mar Vermelho contra navios que consideram ligados a Israel, alegaram ter atacado o porta-aviões USS Harry Truman no dia anterior e abatido uma aeronave F-18.
Os EUA, um aliado de Israel, estabeleceram uma coalizão naval multinacional na região em resposta aos ataques dos huthis, que estão interrompendo o tráfego no Mar Vermelho e no Golfo de Áden, uma área marítima essencial para o comércio mundial.
Esses ataques levaram Washington a atacar alvos rebeldes no Iêmen, às vezes com a ajuda do Reino Unido.
Nesse contexto, o Comando Central dos EUA para o Oriente Médio (Centcom) anunciou, em um comunicado no domingo, que os dois pilotos haviam "ejetado em segurança sobre o Mar Vermelho" depois que "seu caça F/A-18 foi abatido em um aparente incidente de fogo amigo".
"A análise preliminar indica que um dos membros da tripulação sofreu ferimentos leves", acrescentou.
"O incidente não foi resultado de fogo hostil", disse o Centcom, observando que foi aberta uma investigação sobre "um caso suspeito de fogo amigo".
De acordo com o Centcom, o cruzador de mísseis guiados USS Gettysburg "disparou por engano (...) e atingiu" um caça F/A-18 que os dois pilotos haviam decolado do porta-aviões USS Harry S. Truman.
Os huthis, que controlam grande parte do Iêmen e são apoiados pelo Irã, afirmam que o porta-aviões "sofreu vários ataques" de suas forças no sábado.
Em seu comunicado, eles também alegaram ter "abatido" uma aeronave F-18 e frustrado um "ataque inimigo" em seu território.
* AFP