Depois de indiciar, na quarta-feira (1º), Alvaro José Borba Silveira, 57 anos, pelo assassinato do eletricista Alexandre Farias de Vargas, 49 anos, a 4ª Delegacia de Homicídios apurou a versão do investigado. Segundo a defesa, Silveira alegou, em contato com policiais, que o tiro foi acidental e que pegou a arma apenas para intimidar a vítima.
O delegado Rodrigo Reis destaca que essa versão ainda não é oficial, já que aguarda por decisão judicial para ouvir Alvaro Silveira dentro do Presídio Central. Depois de fugir do local do crime, ele se apresentou ao Poder Judiciário na última sexta-feira (27).
Mesmo antes de ocorrer o depoimento, o delegado diz que duas testemunhas negam essa versão de tiro acidental. Segundo ele, o atirador se posicionou e mirou a arma na direção do eletricista. Houve uma discussão entre eles porque o caminhão da vítima bloqueava parcialmente a garagem do indiciado.
Vargas prestava serviços para a CEEE e fazia ligação em um poste de luz na rua em que o crime aconteceu. O assassinato ocorreu no último dia 25, na Rua Ítalo Bruto, bairro Espírito Santo.
Reis indiciou o preso por homicídio doloso duplamente qualificado. A polícia concluiu que o atirador agiu com dolo e de forma proposital, com motivação fútil.
As mesmas testemunhas também alegam que o investigado é suspeito de discutir em setembro com outra pessoa no local, na zona sul de Porto Alegre. Depois da desavença, ele teria entrado em casa correndo e retornado para a rua procurando pelo homem com quem havia discutido. No entanto, ele havia fugido. As testemunhas, naquela ocasião, não souberam informar se Alvaro estava armado. A polícia também vai verificar este fato.