Um funcionário de uma terceirizada da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) foi morto com um tiro no peito na Rua Ítalo Bruto, no bairro Espírito Santo, na zona sul de Porto Alegre, na tarde desta quarta-feira (25).
Conforme a Brigada Militar, Alexandre Farias de Vargas, 49 anos, fazia ligação em um poste de luz no local. A caminhonete da empresa que presta o serviço estava bloqueando parcialmente a saída da garagem do autor do disparo. O homem, queria sair com o carro, e discutiu com o funcionário. Em seguida, retornou para dentro da casa, onde buscou uma arma e atirou contra o trabalhador.
Um pintor que estava trabalhando na casa da frente, que preferiu não se identificar, ouviu a discussão e o disparo.
— Ouvimos uma discussão entre os dois e, do nada, só ouvi o estouro. Quando vim para a frente, já estava atirado no chão — conta o pintor, que não ouviu o que os dois falavam.
O atirador seria cuidador de um veterano da Força Aérea Brasileira (FAB), de 92 anos, que mora na casa. O caso teria sido presenciado pela mulher e filhos do homem, de 57 anos, que não teve o nome divulgado pois ainda não tem prisão decretada pela Justiça.
O delegado Rodrigo Reis, da 4ª Delegacia Homicídios, avalia o o crime como absurdo e acredita já ter esclarecido as motivações para o assassinato.
— É algo absurdo, a gente não consegue compreender e não tem justificativa alguma o ato que ele cometeu. Poderia ter saído com outro veículo, por outro lado, não precisaria necessariamente sair com aquele veículo, mas na cabeça dele tinha de sair com aquele veiculo, e aquela discussão acalorada levou ele a matar um trabalhador— afirma o delegado.
Ainda conforme o policial, como a garagem estava parcialmente liberada, o homem teria como tirar o veículo sem a necessidade de remover a caminhonete da empresa. Além disso, o atirador tinha outro carro estacionado na rua, que foi utilizado por ele para fugir do local.
O atirador não tem antecedentes criminais.