Começou nesta segunda-feira (20) e vai até 3 de dezembro a consulta lançada pela prefeitura de Caxias do Sul na internet sobre a construção de um novo presídio no município. A proposta é erguer a estrutura em área do Estado ao lado da Penitenciária do Apanhador, entre Caxias do Sul e São Francisco de Paula. Conforme a Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe), o recurso para a obra, que ainda não foi aprovado, viria do Departamento Penitenciário Nacional (Depen). Conforme o secretário de Segurança do município, José Francisco Mallmann, a ideia de lançar a consulta é ter um posicionamento definido caso as conversas com o Estado evoluam.
Na consulta, é preciso fornecer o nome e o número do título de eleitor para votar pela página da prefeitura de Caxias do Sul. A pergunta é se o internauta é a favor ou contra a construção de um novo presídio.
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A vereadora Paula Ióris (PSDB), que preside a Comissão Temporária Especial para o Enfrentamento da Violência em Caxias do Sul, afirma ter se surpreendido com a opção da prefeitura em lançar uma consulta pública. Ela defende que a necessidade de mais vagas prisionais já está diagnosticada em trabalho de Poder Judiciário, Polícia Civil e Brigada Militar. Para Paula, as pessoas costumam ser reativas à ideia de construção de novos presídios porque muitos entendem que deveriam ser construídas escolas, e podem não estar munidas das informações necessárias para darem um voto.
Paula ressalta que o recurso para o presídio não poderia ser usado em escolas porque já é direcionado. Em relação à possibilidade de uma audiência pública, a vereadora diz que não pensou nessa hipótese e argumenta que é necessário que haja logo uma decisão para que o processo não se estenda, a exemplo do que ocorre em Bento Gonçalves, onde há vários anos é discutida a construção de um novo presídio.
Juntamente com o Sindicato das Indústrias da Construção Civil (Sinduscon), a vereadora vem propondo uma parceria público-privada, que envolveria a permuta de imóveis do Estado em troca da construção do presídio de 400 vagas por uma empresa privada. Paula entende que essa seria uma alternativa mais rápida do que o recurso do Depen para ampliar o número de vagas.
