O presidente eleito dos Estados Unidos, o republicano Donald Trump, criticou nesta terça-feira (24) o presidente democrata Joe Biden por ter convertido as sentenças de 37 dos 40 prisioneiros condenados à morte em prisões federais.
"Joe Biden acaba de comutar as sentenças de morte de 37 dos piores assassinos de nosso país", publicou o magnata republicano em sua plataforma Truth Social.
Biden, em seu último mês no cargo, anunciou na segunda (23) a conversão das penas de quase todos os detentos no corredor da morte em prisão perpétua sem direito à liberdade condicional.
"Quando observarem as ações de cada um, não acreditarão que ele fez isso. Não faz o menor sentido. As famílias e os amigos (das vítimas) estão ainda mais devastados. Eles não conseguem acreditar que isso esteja acontecendo!", lamentou Trump.
Entre os beneficiados estão nove pessoas condenadas por assassinato de colegas de prisão, quatro por homicídios cometidos durante assaltos a bancos e outro que matou um agente penitenciário.
Biden havia imposto uma moratória sobre a pena de morte federal, mas estava sob pressão para tomar outras medidas antes de deixar a Casa Branca em 20 de janeiro, em meio a anúncios feitos pelo republicano de que retomaria a prática.
"Não se enganem: eu condeno esses assassinos, lamento pelas vítimas de seus atos desprezíveis e lamento que muitas famílias tenham sofrido perdas inimagináveis e irreparáveis. Mas guiado por minha consciência e minha experiência... estou mais convencido do que nunca de que devemos acabar com o uso da pena de morte em nível federal", disse Biden.
Os três condenados que não foram beneficiados pelo perdão presidencial foram Djokhar Tsarnaev, um dos autores do ataque à Maratona de Boston em 2013; Dylann Roof, um supremacista branco que matou nove pessoas negras em uma igreja de Charleston em 2015; e Robert Bowers, condenado por matar 11 pessoas em uma sinagoga de Pittsburgh em 2018.
A pena de morte foi abolida em 23 dos 50 estados dos Estados Unidos e uma moratória está em vigor em outros seis (Arizona, Califórnia, Ohio, Oregon, Pensilvânia e Tennessee). Em 2024, o país registrou 25 execuções, todas ordenadas em nível estadual.