A reportagem "Câncer: do diagnóstico ao tratamento", publicada nesta sexta-feira (11) em GZH e no caderno Vida da superedição de ZH deste fim de semana (19 e 20), é a primeira de uma parceria formada com a Academia Sul-Rio-Grandense de Medicina (ASRM). Uma vez por mês, até dezembro, o site e o caderno vão publicar conteúdos produzidos (ou feitos em colaboração) por médicos integrantes da entidade, que atualmente conta com cerca de 90 membros e é presidida pelo otorrinolaringologista Luiz Lavinsky. De diversas especialidades — oncologia, psiquiatria, oftalmologia, endocrinologia etc —, esses profissionais fazem parte do Programa Novos Talentos da ASRM, no qual são acompanhados por um tutor com larga experiência na área.
A ideia, portanto, é qualificar a informação médico-científica publicada por GZH e pelo Vida. Entre os variados temas a serem abordados, estão ansiedade e depressão, aneurismas da aorta, glaucoma, implante coclear e diabetes mellitus.
Professor titular aposentado da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com mestrado, doutorado e pós-doutorado em otorrinolaringologia, Lavinsky conversou com GZH:
Qual é o papel da Academia Sul-Rio-Grandense de Medicina? Tanto no âmbito profissional quanto na relação com a sociedade e o Estado.
As academias tiveram início há aproximadamente 2,4 mil anos, quando Platão criou, em Atenas, uma espécie de ensino pós-graduado, cujo nome akadémia se generalizou para denominar sociedades de sábios, filósofos, cientistas, poetas, artistas e médicos. Na medicina, as academias exercem um papel fundamental no desenvolvimento, na valorização científica e na ética da profissão médica. A Academia Sul-Rio-Grandense de Medicina, que completou 30 anos em 19 de maio de 2020, tem como obrigações estatutárias contribuir para o desenvolvimento e o progresso da medicina; colaborar com autoridades em assuntos relacionados com saúde e problemas correlatos, apresentando sugestões e solicitando providências; manter intercâmbio com entidades afins; cultivar a memória e as tradições da medicina, entre outras. Cumprir com esses deveres, com o pequeno grupo de participantes que compõem a ASRM, seria utópico caso não houvesse a equipe pujante, capaz, com cérebros privilegiados e aptidões diversificadas que se completam, ocupando sete cargos administrativos, 10 diretorias e um conselho de ex-presidentes.
O senhor pode falar mais sobre o Programa Novos Talentos?
O grupo que denominamos “novos talentos” é constituído por destacados profissionais, com doutorado, que se sobressaem em áreas específicas da medicina. Como definiu o diretor do Programa Novos Talentos, Rogério Sarmento Leite (cardiologista e intervencionista), “todos os colegas que ingressaram neste posto têm formação, capacitação e currículo acima da média e fazem parte de uma elite médica de nosso meio com grande representação social, acadêmica e assistencial. Essas qualificações e condições fazem parte do ‘DNA’ de nossa academia, enriquecem a medicina do RS e se traduzem em benefícios à nossa comunidade médica e sociedade civil”. Entre as atividades do programa, estão as 13 conferências realizadas e gravadas no segundo semestre de 2020, todas voltadas à educação para a saúde da população e disponíveis no site da Academia (clique aqui para assistir).