Depois de cerca de oito horas em jejum durante o sono — e às vezes mais, considerando que não haja ingestão calórica imediatamente antes de se ir para a cama —, o corpo precisa repor nutrientes. É assim que nosso organismo vai se preparar para as atividades rotineiras, e é justamente nas primeiras horas do dia que o metabolismo começa a entrar na sua fase mais ativa. Portanto, aliando o despertar após horas sem comer à preparação para gastar mais energia, é justo pensar que o café da manhã seja a mais fundamental das refeições.
— Muitas pessoas não sentem fome quando acordam e decidem não comer nada logo no início do dia. Mas o corpo está há horas sem novos nutrientes, e se não recebê-los, começa a entrar em um processo de degradação que não vai inicialmente queimar gordura, mas atingir os músculos, porque o cérebro vai querer tirar energia de onde puder. Então, é fundamental, até para se ter maior disposição durante o dia, tomar um bom café da manhã — afirma a nutricionista Lisete Griebeler Souza, da Associação Gaúcha de Nutrição (Agan).
Além de garantir mais disposição, a primeira refeição recomendada do dia, quando feita no horário certo, também significa que se vai comer menos no almoço, na janta e nos lanches.
— Essa refeição será a primeira do dia que fornecerá ao corpo vitaminas, minerais, carboidratos e proteínas que vão estimular o metabolismo, a concentração, o controle da fome e a glicemia, contribuindo também para manter o humor estável — completa Glaube Riegel, doutora em Ciências da Cardiologia.
E qual a hora certa de tomar café da manhã? Isso, claro, vai depender da rotina de cada um, mas considerando que se almoce ao meio-dia, uma refeição com carboidratos, fibras e proteínas às 9h — três horas antes do almoço — seria o ideal em muitos casos. Assim, o prato da refeição do meio-dia não precisaria ser tão volumoso, como frequentemente acontece com quem pula o desjejum.