Em um ranking dos melhores tipos de arroz para a saúde, os nutricionistas fazem a seguinte classificação: em primeiro lugar, o arroz integral, que mantém os nutrientes e as fibras na casca. Na vice-colocação, o arroz parboilizado que, embora passe por um processo de fervimento, mantém os minerais e nutrientes conservados em relação ao arroz branco, que ocupa o último lugar da tabela.
O arroz integral na primeira colocação não é novidade, mas para quem não se acostuma ao sabor e à textura desta variedade, saber que a segunda opção é quase tão saudável quanto é uma boa notícia.
– Como o parboilizado é deixado de molho e parcialmente fervido, os nutrientes hidrossolúveis entram no arroz. Nas tabelas de classificação dos alimentos, não se sabe quanto a mais de micronutrientes, como vitaminas e minerais, há no parboilizado, mas é sabido que ele é melhor que o branco e pior que o integral – explica Gisele Pontaroli Raymundo, nutricionista e professora do curso de Nutrição da PUC-PR.
Esses benefícios foram, inclusive, comprovados em duas pesquisas de doutorado da USP, com um detalhe a mais. Quando comparado ao arroz integral, o parboilizado demonstrou ter um tempo de vida maior. Nutricionalmente, porém, continua em segundo lugar. O integral teria, em média, de acordo com informações da USP, 20% a mais de proteínas e cerca de 2,5 vezes mais fibras do que o branco polido, sem falar nos minerais, lipídios e vitaminas.
– O arroz tem uma casca e, no caso do branco polido, essa casca é retirada, e é onde estão os micronutrientes. Então, fica o arroz, o amido, a parte branca, fonte de carboidratos – ressalta a nutricionista.
Amarelão, mas sem risco de empapar
Arroz parboilizado também é conhecido como arroz amarelão. O nome difícil vem da junção das palavras em inglês partial e boiled, parcialmente aquecido, fervido, que indica o processamento pelo qual passa o cereal. Isso torna o grão mais resistente, com maior vida útil e sem o risco de empapar, mesmo com a adição de água extra.
De nada adianta comprar o arroz mais saudável e prepará-lo de forma errada. De acordo com a nutricionista Jennifer Partika é comum que as pessoas errem o preparo principalmente no momento de aplicar o sal e o óleo.
– Quanto mais óleo, mais gordura no alimento. Isso torna mais difícil para o organismo absorver os nutrientes. O arroz não perde os nutrientes que já tem, mas fica menos saudável – reforça.
Da mesma forma, o sal em excesso aumenta a quantidade de sódio consumida no dia, favorecendo problemas cardiovasculares.
– Não é possível falar em quantidade ideal de gramas, porque depende do quanto a pessoa consome durante o dia. Por isso, a importância de buscar um profissional para avaliar a alimentação – diz a especialista.
– Para errar o arroz, ou você coloca muita água, deixando-o empapado, ou não segue as medidas ou coloca muito sal, que fica muito salgado – diz Gisele Pontaroli Raymundo, nutricionista e professora do curso de Nutrição da PUC-PR.