Uma interrupção ou redução do fluxo sanguíneo para o cérebro, privando as células de oxigênio e nutrientes essenciais transportados pelo sangue. Este é o Acidente Vascular Cerebral (AVC), enfermidade que conforme a Organização Mundial do AVC, vai atingir uma em cada quatro pessoas com mais de 35 anos em algum momento da vida. Em 29 de outubro é lembrado o Dia Mundial do AVC.
Conforme a mesma organização, 90% dos casos poderiam ser prevenidos com cuidados básicos. O AVC pode ser classificado em isquêmico, quando há um entupimento causado por trombose ou embolia, ou hemorrágico, que ocorre quando um vaso sanguíneo se rompe, provocando sangramento no cérebro.
O acidente vascular cerebral apresenta sintomas, como:
- Fraqueza ou dormência súbita no rosto, braço ou perna, especialmente de um lado do corpo
- Dificuldade repentina para falar ou compreender
- Visão turva ou perda de visão em um ou ambos os olhos
- Dor de cabeça intensa e inesperada, sem causa aparente
- Dificuldade súbita para andar, tontura, ou perda de equilíbrio e coordenação
Fatores de risco e tratamento
O acidente vascular cerebral pode apresentar risco, em alguns casos como: hipertensão arterial, diabetes, colesterol alto, tabagismo e obesidade.
O tratamento depende do tipo e da gravidade do caso, bem como da rapidez no atendimento médico. Nos casos de AVC isquêmico, o objetivo é restaurar o fluxo sanguíneo para o cérebro. Isso pode ser feito por meio de medicamentos trombolíticos, que dissolvem o coágulo, ou por procedimentos de trombectomia mecânica, em que o coágulo é removido por cateterismo.
Já o AVC hemorrágico pode exigir intervenções cirúrgicas para controlar o sangramento e reduzir a pressão intracraniana.
Recuperação e prevenção do AVC
Segundo o cardiologista Roberto Yano, a recuperação de um AVC pode ser demorada e, em alguns casos, o paciente pode apresentar sequelas.
— A recuperação de um AVC varia em cada caso, mas pode levar tempo e precisar de alguns tipos de terapia, como fisioterapia e fonoaudiologia, e acompanhamento com um cardiologista — afirma.
Ele ressalta ainda que alguns pacientes podem enfrentar limitações permanentes, como dificuldades motoras ou de comunicação.
De acordo com Yano, o AVC pode ser prevenido com a adoção de hábitos saudáveis no dia a dia.
— Ter uma alimentação equilibrada com menos sal e gordura, ajudando a manter a pressão arterial e o colesterol em níveis saudáveis, praticar exercícios físicos regularmente, evitar o álcool e parar de fumar — alerta.
O especialista alerta ainda para a importância de monitorar condições que aumentam o risco de AVC.
— Também é importante acompanhar problemas de saúde, como diabetes e hipertensão, que podem aumentar o risco de AVC; e se tiver histórico de doenças cardíacas na família, realizar check-ups anuais — finaliza.