Nesta quarta-feira (5), o Rio Grande do Sul confirmou mais duas mortes por leptospirose. Desde o início da crise climática no Rio Grande do Sul, que fez grande número de pessoas ter contato com a água suja da enchente, 15 pessoas faleceram vítimas da bactéria Leptospira no Estado.
As novas vítimas viviam em Novo Hamburgo, na Região Metropolitana, e Igrejinha, no Vale do Paranhana.
O morador de Novo Hamburgo era um homem, 51 anos, que apresentou sintomas em 13 maio e morreu no dia 30. Já a vítima de Igrejinha, também do sexo masculino, tinha 50 anos e procurou atendimento em 16 de maio, falecendo no dia 26. Os dois pacientes foram expostos à água da enchente.
Essa é a segunda morte pela doença em Novo Hamburgo. Porto Alegre também contabiliza dois óbitos. Os municípios de Viamão, Venâncio Aires, Cachoeirinha, Canoas, Travesseiro, São Leopoldo, Alvorada, Três Coroas, Encantado, Sapucaia do Sul e Igrejinha registram uma vítima fatal cada.
Até o momento, o RS soma 242 casos de leptospirose confirmados. Quatro mortes - em Charqueadas, Guaíba, Viamão e Porto Alegre - seguem sob investigação.
Saiba mais sobre a leptospirose
A leptospirose é uma doença infecciosa febril transmitida pelo contato com a urina de animais, principalmente roedores, infectados pela bactéria leptospira. A chance de contágio é maior quando há inundações, enxurradas e lama. Se houver algum ferimento ou arranhão, a bactéria penetra com mais facilidade no organismo humano.
A doença se manifesta de formas variadas. Os quadros podem variar desde assintomáticos até graves, quando podem levar o paciente à morte.
O período de incubação — intervalo entre a transmissão até o início das manifestações dos sinais e sintomas — varia de um a 30 dias, mas é comum ocorrer entre sete e 14 dias após a exposição a situações de risco.
Veja os principais sintomas da fase precoce
- Febre
- Dor de cabeça
- Dor muscular, principalmente nas panturrilhas
- Falta de apetite
- Náuseas/vômitos