O Rio Grande do Sul registrou, nesta quarta-feira (19), o 20º óbito por leptospirose. A vítima é um homem de 67 anos, morador de Porto Alegre — que se torna, com isso, a terceira pessoa a morrer em função da doença na Capital.
Os sintomas de mialgia, dor na panturrilha, vômito e diarreia tiveram início em 3 de junho, e a morte ocorreu no dia 16. De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde (SES), o homem teve contato direto com a água da enchente.
As outras 19 mortes haviam sido confirmadas em Porto Alegre (2), Novo Hamburgo (2), Cachoeirinha, São Leopoldo, Venâncio Aires, Rio Grande, Pelotas, Três Coroas, Sapucaia do Sul, Igrejinha, Encantado, Charqueadas, Canoas, Alvorada, Alecrim e Viamão.
Um 21º óbito, registrado em Guaíba, não teve relação com as inundações, embora tenha ocorrido no mesmo período. Todas as vítimas eram homens e, apesar da semelhança entre os casos, especialistas dizem que não há um só fator de risco para doença.
Até o momento, o Rio Grande do Sul soma 363 casos confirmados de leptospirose. O Laboratório Central do Estado (Lacen-RS) investiga 3,6 mil casos suspeitos.
Saiba mais sobre a leptospirose
A leptospirose é uma doença infecciosa febril transmitida pelo contato com a urina de animais, principalmente roedores, infectados pela bactéria leptospira. A chance de contágio é maior quando há inundações, enxurradas e lama. Se houver algum ferimento ou arranhão, a bactéria penetra com mais facilidade no organismo humano.
A doença se manifesta de formas variadas, com quadros que podem ser de assintomáticos a graves, quando o paciente não resiste.
O período de incubação — intervalo entre a transmissão até o início das manifestações dos sinais e sintomas — varia de um a 30 dias, mas é comum ocorrer entre sete e 14 dias após a exposição a situações de risco.
Veja os principais sintomas da fase precoce
- Febre
- Dor de cabeça
- Dor muscular, principalmente nas panturrilhas
- Falta de apetite
- Náuseas/vômitos