O Rio Grande do Sul já vivia surtos de dengue antes do desastre climático de maio, mas a enchente aumentou a possibilidade de casos da doença. Isso porque, de acordo com especialistas, o contágio tende a crescer quando a água baixar. Até a tarde desta quarta-feira (12/06), o Estado somava 237 óbitos por dengue de acordo com a Secretária Estadual de Saúde.
Além da dengue, outra doença tem impactado o Estado: a leptospirose. São 17 óbitos registrados no Rio Grande do Sul. A semelhança dos sintomas das duas doenças pode gerar dificuldade na hora do diagnóstico.
— As principais semelhanças da dengue e da leptospirose, são dores no corpo, dores de cabeça e mal-estar. A leptospirose também pode dar vermelhidão de pele e, muitas vezes, as pessoas acabam confundindo com a dengue, principalmente nos locais onde tem muitos casos — explica a médica e professora de infectologia na Universidade de Caxias do Sul Lissandra Michelin.
Dengue
A dengue é uma doença febril causada por vírus, caracterizada principalmente por febre alta de início rápido. principal forma de transmissão é pela picada da fêmea infectada do mosquito Aedes aegypti. Febre alta, dores de cabeça, manchas vermelhas e dor atrás dos olhos são alguns dos principais sintomas.
Leptospirose
A leptospirose é uma doença infecciosa causada por uma bactéria presente na urina de animais – principalmente ratos. Essa bactéria pode entrar no corpo humano por meio de cortes ou arranhões e pela boca. Alguns sinais bastante característicos da leptospirose são dores nas panturrilhas, vermelhidão nos olhos e pele amarelada.
