A governadora Katy Hochul decretou, nesta sexta-feira (9), estado de emergência em Nova York, nos Estados Unidos, com o intuito de aumentar a disponibilidade de recursos para proteger os nova-iorquinos contra a poliomielite, também chamada de paralisia infantil. Amostras de esgoto indicaram que o vírus da pólio estava presente em cinco condados: Rockland, Orange, Sullivan, New York City e Nassau.
Após um caso de poliomielite ser confirmado em um morador de Rockland, o Estado realizou testes na água do esgoto desse e de condados vizinhos para checar sinais do vírus. Segundo o Departamento de Saúde de Nova York, as amostras fornecem evidências de que o indivíduo não vacinado residente no condado de Rockland com poliomielite contraiu o vírus por meio de transmissão local – não fora do Estado ou do país.
A medida, que deve vigorar até 9 de outubro, segundo informações do G1, tem o propósito de aumentar o número de pessoas autorizadas a administrar a vacina contra a pólio. Ainda que a doença afete majoritariamente crianças de até três anos, todos que não estão vacinados corretamente correm o risco de serem infectados. No comunicado oficial, o Departamento de Saúde de Nova York ressalta que a doença não tem cura e a única forma de prevenção é a vacina.
Campanha de vacinação no Brasil
Mesmo que o Brasil tenha identificado, pela última vez, um caso de poliomielite em 1989, a vacina contra o poliovírus ainda é considerada necessária para evitar novos casos. E com a baixa cobertura vacinal dos últimos anos, os especialistas têm feito o alerta: o vírus consegue se espalhar facilmente quando as pessoas não são vacinadas, facilitando a transmissão da doença entre as crianças.
Na data inicialmente prevista para o encerramento da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, o Rio Grande do Sul apresentava, às 9h30min desta sexta-feira, cobertura de 45,9%. É menos da metade da meta estabelecida para a imunização de crianças entre um e quatro anos. Diante dos baixos índices em todo o país, verificados não só em 2022 mas também em anos anteriores, o Ministério da Saúde já havia decidido, na segunda-feira (5), estender a mobilização até o final de setembro.