Em reunião do Gabinete de Crise com representantes das 21 macrorregiões de monitoramento da pandemia no RS nesta quinta-feira (13), foi elaborado um ofício ao Ministério da Saúde, solicitando a manutenção do custeio de leitos clínicos e de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para o tratamento da covid-19.
Em meio ao aumento expressivo de casos diários — somente nesta data foram registrados mais de 12 mil novos infectados pelo coronavírus —, a medida pretende evitar o colapso do sistema de saúde com eventual falta de leitos. O pedido ocorre devido ao anúncio do ministério pela suspensão do custeio a partir de 1º de fevereiro.
Os hospitais gaúchos recebem R$ 1,6 mil por dia por leito de UTI Covid habilitado. A reunião desta quinta foi a primeira para debater a nova onda da pandemia. Nos próximos dias, os comitês regionais devem se reunir separadamente para discutir medidas específicas, conforme a autonomia dos municípios, estabelecida em decreto.
Ainda que distante do pico registrado em março do ano passado, houve aumento do número de internados em leitos clínicos nos últimos dias. Atualmente, 603 vagas estão ocupadas por pacientes com quadro confirmado ou suspeito de covid-19. Em 2 de janeiro, eram 297.
Todas as regiões sob aviso
Na terça-feira (11), todas as 21 regiões covid do Rio Grande do Sul receberam avisos pela segunda semana consecutiva. A decisão foi tomada pelo Gabinete de Crise, com base nos indicadores do Sistema 3As de Monitoramento, com o qual o governo gerencia a pandemia.
A região de Capão da Canoa registra a maior incidência de casos confirmados entre a população e o pior momento da pandemia. A atualização de dados de quarta-feira (12) elevou para 471,9 a média móvel de casos, recorde do indicador. O pico anterior de contaminação havia sido registrado em 10 de março de 2021, com média móvel de 385,3 casos.