A variante Ômicron se tornou amplamente dominante nos Estados Unidos, respondendo por 73,25% das novas infecções por covid-19 durante a semana encerrada em 18 de dezembro, de acordo com dados das autoridades de saúde do país.
Extremamente transmissível, a Ômicron superou a variante Delta em poucas semanas e representa 96,3% dos novos casos em três Estados do noroeste do país (Oregon, Washington e Idaho), segundo os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).
A notícia chega na véspera de um discurso sobre a covid-19 do presidente dos EUA, Joe Biden, previsto para terça-feira (21). A secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, já disse que ele não planeja "trancar o país" em resposta a esse aumento.
— É um discurso para delinear e ser direto e claro com o povo americano sobre os benefícios de ser vacinado, as medidas que vamos tomar para aumentar o acesso e aumentar os testes.
O principal assessor dos EUA para a pandemia, Anthony Fauci, alertou no domingo sobre a chegada de um inverno sombrio à medida que a nova variante do coronavírus estimula uma nova onda de infecções em todo o mundo.
— Com a Ômicron, serão semanas ou meses difíceis conforme o inverno avança — disse Fauci à NBC News.
Apesar das indicações de que a Ômicron não é mais grave do que a variante Delta, os dados iniciais sugerem que ela pode ser mais infecciosa e possivelmente mais resistente às vacinas.
Desde que foi relatada pela primeira vez na África do Sul, em novembro, a cepa foi identificada em dezenas de países, abatendo as esperanças de que o pior da pandemia já passou. Nos Estados Unidos, hospitais estão ficando lotados, centros de testagem estão acumulando longas filas e eventos esportivos e culturais estão sendo cancelados.
Manter o vírus sob controle tem se mostrado difícil em um país onde a vacinação e o uso de máscaras se tornaram questões políticas polêmicas e as ordens federais acabam em demoradas batalhas legais.