A Organização Mundial da Saúde decidiu incluir a cepa B.1.1.259 do coronavírus, detectada pela primeira vez na África e já presente em ao menos três continentes, como uma "variante preocupante" (VOC, na sigla em inglês). A decisão aconteceu após análise do Grupo Técnico Consultivo sobre a Evolução do Vírus SARS-CoV-2 realizada nesta sexta-feira (26). A variante foi nomeada de "Omicron" pela OMS.
De acordo com o grupo consultivo, a cepa Omicron foi reportada pela África do Sul à OMS na quarta-feira (24), e sua primeiro infecção conhecida data de uma amostra coletada em 9 de novembro. Em comunicado, o órgão multilateral destaca que a variante possui um grande número de mutações, "algumas das quais preocupantes", e apresentou alta risco de reinfecção em comparação com outras variantes classificadas como preocupantes, segundo evidências preliminares.
De acordo com a OMS, o surgimento da Omicron coincide com um momento de alta abrupta nos casos de covid-19 na África do Sul, e testes PCR realizados no país indicam uma maior capacidade de disseminação da cepa. Por isso, a entidade recomenda que os países aprimorem a vigilância sobre novos casos, emitam novas informações sobre a variante a uma base de dados pública e promovam estudos sobre a cepa, em nações onde há capacidade de investigação clínica.
Nesta sexta-feira (26), o Ministério da Saúde emitiu um alerta de risco por conta da nova variante. Até a manhã desta sexta-feira (26), nenhum caso da nova cepa foi identificado no Brasil.
Cientistas acreditavam, inicialmente, que a nova variante seria chamada de Nu, seguindo o alfabeto grego, que é utilizado para nomear as cepas do coronavírus que surgem ao longo do tempo. No entanto, a OMS decidiu utilizar Omicron. A entidade ainda não justificou a decisão.