O Ministério da Saúde emitiu um alerta de risco por conta da B.1.1.529, nova variante da covid-19 identificada na África. O documento, na qual GZH teve acesso, é elaborado pela Rede CIEVS (Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde) e afirma que, até a manhã desta sexta-feira (26), nenhum caso da nova cepa foi identificado no Brasil.
A comunicação de risco tem como objetivo informar Estados e municípios sobre a circulação da nova variante e suas características, além de reforçar as medidas de vigilância e proteção contra a covid-19. Também pede que os gestores notifiquem imediatamente o Ministério da Saúde em caso de suspeita de infecção com a nova cepa.
Para o Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está recomendando que o governo federal suspenda imediatamente a chegada ao Brasil de voos vindos de seis nações africanas: África do Sul, Botsuana (primeiro país a identificar a nova cepa), Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue. A recomendação inclui ainda a suspensão da autorização de desembarque no Brasil de viajantes que passaram por esses países nos últimos 14 dias, seja por meio aéreo ou transportes rodoviário ou aquaviário.
Essa decisão cabe à Casa Civil e outros ministérios, que ainda não se pronunciaram oficialmente sobre a recomendação proposta pela Anvisa. Fontes do governo afirmaram a GZH que as medidas restritivas a países africanos podem ser adotadas no Brasil, assim como foi feito com o Reino Unido e a própria África do Sul após a identificação das variantes Alfa (B.1.1.17) e Beta (B.1.351), respectivamente.
No Rio Grande do Sul, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) reforçou que não há suspeita de casos da nova variante, e que a equipe da vigilância genômica, criada para o acompanhamento de outras mutações, também vai passar a trabalhar na identificação dessa nova nova cepa assim que ela entrar no Estado.