O Ministério da Saúde informou no início da tarde desta sexta-feira (11) que a ampliação da imunização contra a infecção por coronavírus com a vacina da Pfizer para o público a partir de 12 anos será debatida na Câmara Técnica Assessora em Imunização e Doenças Transmissíveis.
De acordo com nota da assessoria de imprensa da pasta, a prioridade, neste momento, é vacinar por completo os grupos prioritários estipulados no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a covid-19 e toda a população a partir de 18 anos. O aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o imunizante da farmacêutica americana foi divulgado nesta manhã.
A Secretaria Estadual da Saúde (SES) também se manifestou por meio de um comunicado, dizendo que segue todas as orientações do ministério, em conformidade com as fases previamente definidas, a inclusão de novos grupos e o planejamento da imunização. O tema da vacinação dos adolescentes com doses da Pfizer, segundo a assessoria da SES, será tema de reunião com os representantes dos municípios da Comissão Intergestores Bipartite (CIB).
Pais e mães que desejam imunizar os filhos saudaram a novidade, ainda que existam etapas a serem cumpridas à frente. Técnica em enfermagem, Ana Cristina Ignácio Amaro, 54 anos, foi vacinada no início do ano por ser profissional da área da saúde, mas o marido e a filha ainda não.
A ansiedade é grande para que Vitória Amaro Brandão, 14 anos, estudante do 9º ano do Ensino Fundamental, possa retornar às aulas presenciais. Desde o início da pandemia, a adolescente permanece acompanhando os conteúdos de forma remota.
— Estamos numa expectativa muito grande. Só liberarei (para a escola) quando ela fizer a vacina. Ainda há um nível alto de contaminação, e sabemos que crianças e adolescentes também se contaminam — comenta Ana Cristina.
O Instituto Abrace, ONG que apoia famílias com filhos em tratamento intensivo (em hospital ou em casa), classificou como positiva a autorização da Anvisa, mas salientou que segue “lutando pela necessária inclusão no PNI, respeitando a prioridade e a urgência para quem tem comorbidades".