A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou, na manhã desta sexta-feira (11), que autorizou a indicação da vacina contra a covid-19 Comirnaty, da Pfizer, em adolescentes com 12 anos ou mais.
"A ampliação foi aprovada após a apresentação de estudos desenvolvidos pelo laboratório que indicaram a segurança e eficácia da vacina para este grupo. Os estudos foram desenvolvidos fora do Brasil e avaliados pela Anvisa", diz a agência.
Até agora, a vacina da Pfizer era autorizada apenas para pessoas com 16 anos ou mais — sendo o único imunizante contra a covid autorizado no Brasil com indicação para menores de 18 anos, porém, sem alterações no plano de vacinação. O pedido de ampliação da faixa etária havia sido protocolado em 13 de maio.
O imunizante da Pfizer, segundo a fabricante, tem 94% de eficácia no público adulto, um valor que surpreendeu cientistas assim que foi divulgado. O produto usa a inovadora tecnologia de RNA mensageiro, vista por analistas como o futuro dos imunizantes.
A vacina da farmacêutica norte-americana também foi a primeira a receber o registro definitivo no Brasil.
Em nota, a Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul informou que "segue todas as orientações do Ministério da Saúde em conformidade com as fases previamente definidas, a inclusão de novos grupos e o planejamento da imunização". Segundo a pasta, a vacinação de adolescentes com o imunizante da Pfizer será discutida com os representantes dos municípios em reunião da Comissão Intergestores Bipartite (CIB).
Onde a vacina é usada
Nos Estados Unidos, a Food and Drug Administration (FDA, órgão semelhante à Anvisa) autorizou o uso do imunizante em crianças e adolescentes de 12 a 15 anos em 10 de maio.
Oito dias depois do aval, mais de meio milhão de norte-americanos nesta faixa etária haviam recebido uma dose. No país, mais de 4 milhões de pessoas abaixo de 17 anos já foram imunizadas contra a covid-19.
Israel também começou a vacinar essa população no último dia 6. Conforme a imprensa local, cerca de 600 mil crianças estavam elegíveis para a imunização, embora algumas abaixo dos 16 anos, pertencentes a grupos de risco, já tivessem recebido as doses antes da liberação e sem registro de efeitos colaterais.
Mais perto daqui, o Uruguai se tornou o primeiro país da América Latina a começar a vacinação de crianças e adolescentes entre 12 e 17 anos nesta semana. O vizinho também usa o imunizante da Pfizer e tem um universo de 280 mil pessoas para serem vacinadas.