Iniciada na manhã desta segunda-feira (25), a distribuição da carga de 116 mil vacinas de Oxford recebida na véspera será realizada por vias terrestre e aérea no Rio Grande do Sul. O maior lote, com 32 mil doses, ficará em Porto Alegre (veja a tabela com a divisão por coordenadoria regional abaixo).
Conforme a Secretaria Estadual de Saúde (SES), até a manhã desta segunda-feira ainda não havia sido finalizado o cálculo de quantas unidades caberão a cada município — ou quantos serão contemplados. É possível que nem todas as 497 cidades sejam atendidas neste momento, já que esses imunizantes serão oferecidos apenas a profissionais de saúde. Esse detalhamento deverá ser divulgado entre segunda e terça-feira (26).
Das 18 coordenadorias regionais de saúde, cinco retirariam os imunizantes na Central Estadual de Armazenamento e Distribuição de Imunobiológicos (Ceadi), localizada na Capital. As outras 13 receberão os imunizantes por via aérea, com apoio de aviões e helicópteros da Brigada Militar e da Polícia Civil.
Por volta das 7h, o movimento era tranquilo na Ceadi, na zona leste da Capital. Uma viatura da BM estava no local, e uma caminhonete da 13ª Coordenadoria de Saúde, de Santa Cruz do Sul, era o único veículo aguardando a retirada — além dela, as coordenadorias de Porto Alegre, Cachoeira do Sul, Osório e Lajeado poderiam retirar as doses a partir das 10h.
Ainda durante a manhã, uma aeronave da BM irá para Erechim, Santo Ângelo e Palmeira das Missões entregar doses para as 2ª, 6ª, 9ª, 11ª, 12ª, 14ª, 15ª e 17ª coordenadorias. Um helicóptero da Polícia Civil irá a Caxias do Sul e entregará para a 5ª coordenadoria.
À tarde, o avião da BM vai para Pelotas e Bagé entregar o restante da carga para a 3ª e 7ª coordenadorias. Já o helicóptero seguirá para Santa Maria distribuir para a 4ª e 10ª. Essa remessa faz parte da remessa de 2 milhões de doses importada da Índia pelo governo federal.
Graças a esse novo reforço, será possível vacinar com a primeira dose pouco mais de 60% dos trabalhadores da saúde no Estado, cerca de 254 mil de um total estimado de 407 mil pessoas (a estimativa anterior da SES de 361 mil pessoas nesse grupo foi revisado). Nesta fase, a prioridade entre esse público são os profissionais mais expostos ao vírus no atendimento a pacientes com a doença ou sob suspeita em UTI, na rede de urgência e emergência (Samu e Unidades de Pronto Atendimento), ambulatórios de covid-19, entre outros.
O produto foi desenvolvido pela Universidade de Oxford e pelo laboratório AstraZeneca, e passará a ser produzido em solo nacional mediante parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro.
Veja o número de doses por região do RS
- Porto Alegre: 32.000
- 1ª Coordenadoria Regional de Saúde (sede Porto Alegre – 65 municípios): 21.000
- 2ª CRS (sede Frederico Westphalen – 26 municípios): 1.500
- 3ª CRS (sede Pelotas – 22 municípios): 9.500
- 4ª CRS (sede Santa Maria – 32 municípios): 7.000
- 5ª CRS (sede Caxias do Sul – 49 municípios): 11.000
- 6ª CRS (sede Passo Fundo – 62 municípios): 6.500
- 7ª CRS (sede Bagé – 6 municípios): 1.500
- 8ª CRS (sede Cachoeira do Sul – 12 municípios): 2.000
- 9ª CRS (sede Cruz Alta – 13 municípios): 1.500
- 10ª CRS (sede Alegrete – 11 municípios): 3.200
- 11ª CRS (sede Erechim – 33 municípios): 2.000
- 12ª CRS (sede Santo Ângelo – 24 municípios): 2.700
- 13ª CRS (sede Santa Cruz do Sul – 13 municípios): 3.200
- 14ª CRS (sede Santa Rosa – 22 municípios): 2.000
- 15ª CRS (sede Palmeira das Missões – 26 municípios): 1.300
- 16ª CRS (sede Lajeado – 37 municípios): 2.700
- 17ª CRS (sede Ijuí – 20 municípios): 2.200
- 18ª CRS (sede Osório – 23 municípios): 3.200
- Total: 116.000
Quem pode se vacinar
Com o número bastante reduzido de doses disponíveis no Brasil neste primeiro momento da fase 1 do Plano Nacional de Imunização, a prioridade para receber as doses é dos profissionais da saúde que atuam no atendimento de pacientes com coronavírus, idosos que vivem em lares de longa permanência ou acima dos 75 anos e indígenas. Ainda não há vacinação aberta em postos de saúde para demais pessoas previstas nos grupos prioritários.