A previsão de colapso nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) no Rio Grande do Sul faz com que instituições de saúde tomem medidas emergenciais. Diretor-presidente do Grupo Hospitalar Conceição, Cláudio Oliveira afirmou que um ofício foi enviado nesta semana ao Ministério da Saúde solicitando a remessa de mais 30 respiradores e medicamentos que estão em escassez no mercado.
A medida foi tomada diante da pressão da demanda por leitos de UTI por causa do avanço da pandemia de coronavírus em Porto Alegre. Nesta sexta-feira (17), a capital gaúcha atingiu 89% de ocupação das unidades. Os pacientes com covid-19 demandam, no momento, 35% do total de leitos de UTI da cidade. Os demais estão internados por outras enfermidades.
— Se fizermos uma expansão da UTI ou se formos dar suporte especializado para determinados leitos, precisaremos de mais respiradores. Vai ser avaliado pelo Ministério da Saúde e deveremos ter uma resposta na semana que vem — diz Oliveira.
Ele explica que, caso mais respiradores sejam enviados, um dos planos já traçados pelo GHC para lidar com a forte demanda é utilizar áreas de internação das cirurgias eletivas, que estão suspensas, para abrir novos leitos para pacientes de covid-19.
— Isso seria para pacientes graves, que já chegam precisando de entubação. É uma estratégia que pensamos, mas seria para um cenário catastrófico, no padrão do que ocorreu na Itália. Ainda não é necessário hoje, estamos dando conta com nossos leitos — ressalta Oliveira.
O diretor-presidente informou que está abrindo um novo processo seletivo para contratar cinco médicos intensivistas aprovados no último concurso público e que estão no cadastro de reserva.