O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (5) que os militares que participarão da missão de evacuação dos brasileiros em Wuhan, epicentro do surto de coronavírus na China, também ficarão de quarentena na base militar em Anápolis (GO).
— O pessoal chegando, inclusive o nosso pessoal da Força Aérea, mais de uma dezena de militares, quando voltarem também vão passar o Carnaval em quarentena. Então, é responsabilidade acima de tudo trazendo esse pessoal de lá para cá — disse Bolsonaro, na saída do Palácio da Alvorada.
O governo decidiu enviar dois aviões para trazer os cidadãos do Brasil que estão em Wuhan. As aeronaves devem decolar nesta quarta e o retorno está previsto para o sábado (8).
Na segunda (3), o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, havia dito que o governo estava estudando qual seria a quarentena da tripulação da missão. Na ocasião, Mandetta disse estava em avaliação se os tripulantes poderiam cumprir o período de isolamento em domicílio — hipótese agora descartada por Bolsonaro.
Um projeto de lei (PL) com as regras da quarentena também foi enviado ao Congresso. A Câmara já aprovou o texto, na terça (4), e o PL deve agora ser avaliado pelo Senado.
A previsão atual é que 29 pessoas venham da China, incluindo sete crianças. É possível que o número mude conforme o governo receba novos pedidos de evacuação. A quarentena será de 18 dias.
Brasileiros que vivem em Wuhan começaram a receber um formulário para ser preenchido com informações pessoais e condições para retorno ao país — como ausência de sintomas e concordância por quarentena ao chegar no Brasil.