O Ministério da Saúde confirma que 331 pessoas morreram entre 1º de julho de 2017 e 10 de abril deste ano em razão da febre amarela. No mesmo período, foram confirmados 1.127 casos da doença no Brasil.
Ao todo, foram notificados, neste período, 5.052 casos suspeitos, sendo 2.806 já descartados e 1.119 ainda em investigação.
O Ministério da Saúde atualizou na quinta-feira (12) as informações repassadas pelas secretarias estaduais de saúde sobre a situação da febre amarela no país.
No ano passado, considerando o monitoramento de julho de 2016 a 10 de abril de 2017, eram 712 casos e 228 óbitos confirmados. Os informes de febre amarela seguem, desde o ano passado, a sazonalidade da doença, que acontece, em sua maioria, no verão.
"Embora os casos do atual período de monitoramento tenham sido superiores à sazonalidade passada, o vírus da febre amarela hoje circula em regiões metropolitanas do país com maior contingente populacional, atingindo 35,6 milhões de pessoas que moram, inclusive, em áreas que nunca tiveram recomendação de vacina. Na sazonalidade passada, por exemplo, o surto atingiu uma população de 11,2 milhões de pessoas", destacou o Ministério da Saúde.
Isso explica a incidência da doença neste período ser menor que no período passado — entre 2017 e 2018, até 10 de abril, era de 3 casos para 100 mil habitantes. Já na sazonalidade passada, entre 2016 e 2017, a incidência foi de 6,2 para 100 mil habitantes.
10 milhões ainda precisam se vacinar
O ministério reforçou a importância da população procurar os postos de vacinação nas novas áreas de risco de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia. De acordo com o boletim, "a cobertura da campanha em curso no Rio de Janeiro está com 40,9%, a Bahia está com 55% e São Paulo com 52,4% da população-alvo vacinada. A vacina está disponível nos postos de saúde. O período de alta da doença segue até maio. Ao todo, a campanha nesses estados busca imunizar 23,8 milhões de pessoas".
No final do mês de maio, o Ministério da Saúde anunciou que todo o território brasileiro é área recomendada para a vacina contra a doença. A oferta será ampliada, de forma gradual, para todo o Brasil até 2019 de forma a vacinar quase 77,5 milhões de pessoas – o número equivale à população não vacinada.