
A Secretaria Estadual da Saúde (SES) anunciou nesta quarta-feira (7) o repasse de R$ 20,8 milhões para reforçar o atendimento em todos os municípios gaúchos durante o inverno. O valor será depositado em duas parcelas, nos meses de maio e junho.
Do total, cerca de R$ 13,65 milhões serão para a Atenção Primária à Saúde, como Unidades Básicas de Saúde (UBS), e R$ 7,15 milhões para as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs 24h) e Pronto Atendimentos (PAs) municipais.
O objetivo da Operação Inverno Gaúcho com Saúde é priorizar os atendimentos às síndromes respiratórias e doenças potencializadas neste período do ano, quando há temperaturas mais baixas, segundo o governo.
A iniciativa também prevê abertura dos postos em horários estendidos e aos finais de semana. Segundo a SES, as ações de vacinação serão intensificadas, incluindo busca ativa do público que não realizou a imunização.
Recurso é insuficiente, avalia prefeitura de Porto Alegre
De acordo com a SES, o repasse é baseado no número de atendimentos realizados e no tamanho da população de cada município, segundo o Censo 2022. Para as UPAs e PA, foi estimado um valor para permitir a ampliação da equipe com um médico, um enfermeiro e um técnico de enfermagem para os horários de pico. O mesmo vale para as UBS, com aumento de horário nas unidades.
A Secretaria Municipal da Saúde de Porto Alegre estima que a Capital deve ser contemplada com cerca de R$ 610 mil.
Entretanto, o custo da Operação Inverno no município está orçado em cerca de R$ 6 milhões apenas para os setores da atenção primária e UPAs. Outros R$ 10 milhões seriam necessários para acréscimo de 140 leitos adultos e pediátricos.
— A gente está prevendo mais de R$ 100 mil por unidade para ficar todos os finais de semana do mês aberto. Para o inverno, são pelo menos três meses. Então, ele não cobre um mês de uma unidade de saúde aberta sábado e domingo o mês inteiro — avalia o Secretário de Saúde de Porto Alegre, Fernando Ritter.
O plano da prefeitura previa estender o funcionamento de 10 unidades de saúde durante três meses. Até o momento, a SMS tinha reservado cerca de R$ 5 milhões próprios.
Agora, o Executivo estuda rever o tamanho da operação deste ano. Em 2024, foram R$ 17 milhões investidos no reforço. Também no ano passado, a SES havia anunciado R$ 10 milhões para a ação em todo o Rio Grande do Sul.
Segundo o governo do Estado, a responsabilidade do aporte para leitos é do governo federal. A prefeitura afirma que irá buscar parte do recurso para os leitos pediátricos por meio de portaria do Ministério da Saúde.