O Procon de Porto Alegre autuou pelo menos 12 estabelecimentos por venda de produtos que tiveram contato com a enchente de maio deste ano. Conforme o órgão, os locais onde mais foram constatadas irregularidades eram mercados. Embalagens de bebidas, alimentos e produtos de higiene com marcas de lama foram encontradas nas empresas.
Em média, o Procon recebe cerca de cinco denúncias por dia, sendo a maioria relacionada a comércios da Zona Norte, nos bairros Humaitá, Farrapos, 4º Distrito e Sarandi. Um deles, localizado no Sarandi, foi interditado. Outras reclamações também foram registradas no Centro Histórico, mas referente a objetos como guarda-chuva e outros itens.
De acordo com o Procon, o estabelecimento é autuado quando apenas alguns produtos são apreendidos e identificados como impróprios. Já a interdição ocorre quando o órgão verifica que há problema com a maioria dos produtos, além da estrutura estar comprometida.
A indicação, segundo o diretor-executivo do Procon, Rafael Schwelm Gonçalves, é que os clientes cuidem não apenas os produtos expostos nas prateleiras, mas também fiquem atentos às condições de higiene da cozinha.
— Em alguns locais a gente chegou e tinham embalagens contaminadas no lixo, mas galões de água cheios de leite, por exemplo, indicando que as pessoas retiraram o leite das caixas que tiveram contato com a água da enchente e colocaram em outras embalagens. Em outro local fiscalizado, além dos produtos apreendidos, a cozinha e outros ambientes e utensílios estavam com mancha de água da enchente — explica Gonçalves.
A fiscalização foi intensificada para coibir a venda, principalmente, de alimentos que tiveram contato com a inundação. A população pode denunciar presencialmente no segundo andar do Mercado Público ou nos canais digitais do Procon, além do WhatsApp (51) 3433-0156.