Adryan Matheus Santos da Silva, 13 anos, morador do condomínio no bairro Rubem Berta, na zona norte da Capital, conta como ajudou um dos bombeiros que ficaram feridos na explosão de uma das torres do conjunto habitacional na madrugada desta quinta-feira (4).
— Eu estava descendo porque tinham avisado no grupo que havia um cheiro de gás na torre 10. Eu fui ver se tinha alguém passando mal, alguma coisa, e quando eu cheguei no primeiro andar e virei as costas para a porta do apartamento, explodiu, a porta abriu e os cacos vieram em mim. Daí eu fui pra baixo da escada e tampei os ouvidos por causa do barulho. Daí, assim que eu saí, eu achei um bombeiro ferido e trouxe ele até aqui os paramédicos.
Adryan disse ainda que subiu em umas sete torres, do primeiro ao quinto, batendo nas portas, avisando sobre a emergência.
Risco de desabamento
O edifício corre risco de desabar a qualquer momento. A avaliação foi feita pelo Corpo de Bombeiros pela manhã, em vistoria conjunta com o Instituto-Geral de Perícias.
Além da torre que corre risco de desabar, as torres do lado e a de trás vão seguir interditadas por pelo menos 24h, mesmo que sem risco de desabamento. Ainda há áreas quentes nesses prédios. Já nas demais os moradores estão retornando aos poucos.
A explosão teria sido causada por um vazamento de gás. Ao menos oito pessoas ficaram feridas, duas delas gravemente. Além de dois moradores, cujos nomes não foram divulgados, que tiveram queimaduras pelo corpo e estão na UTI do Hospital Cristo Redentor, há um bombeiro em observação no Hospital de Pronto-Socorro (HPS) após sofrer queimaduras no rosto.