O jornalista Henrique Ternus colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço.
O vice-governador Gabriel Souza projetou até o fim de março a entrega das 80 moradias provisórias no bairro Sarandi, em Porto Alegre. Gabriel vistoriou as obras no local na manhã desta segunda-feira (13), ao lado do prefeito Sebastião Melo e dos secretários de Habitação, Carlos Gomes, e do Desenvolvimento Social, Beto Fantinel.
As estruturas modulares das casas provisórias de 30 metros quadrados já estão montadas no local, aguardando por serviços básicos de infraestrutura como água, esgoto e energia elétrica, além de outras intervenções para dar qualidade de vida às famílias.
— O prefeito já determinou uma série de intervenções aqui de urbanismo, passeio público, paisagismo, algum equipamento de lazer para as crianças, além de toda a questão da segurança, com iluminação e cercamento, com a Brigada Militar fazendo a patrulha desde já e posteriormente a vinda das famílias para cá — disse Gabriel, em entrevista à imprensa.
Serão contempladas com moradias temporárias as famílias que estão hoje nos Centros Humanitários de Acolhimento de Porto Alegre e Canoas. Estes locais serão fechados até o final do primeiro semestre, e por isso os governos estadual e municipal aceleram as obras para construção de casas provisórias e permanentes — estas, de 44 metros quadrados, em terrenos que serão apontados pela prefeitura para desapropriação e construção das residências fixas às famílias atingidas pela enchente.
— Nós vamos fazer rapidamente toda a estrutura necessária e, paralelamente, já em parceria com a prefeitura, que está indicando os terrenos, nós do governo do Estado, através da Secretaria de Habitação, iremos implementar as casas definitivas para não esperar essas questões do governo federal, que infelizmente tem demorado — lamentou o vice-governador.
O prefeito Sebastião Melo disse que a parte da prefeitura na construção das casas provisórias é pequena:
— Nós temos que resolver um problema muito maior, porque o compromisso nosso é fazer os laudos, mandar para Brasília e o governo federal resolver as moradias definitivas. Eu não estou fazendo nenhuma crítica, mas está muito demorado, nós precisamos agilizar porque a população tem pressa. Nós temos muitos terrenos. O problema é que, às vezes, as comunidades rejeitam a chegada de moradias populares. Vamos desapropriar o que for possível.
O governo do Estado ainda garantiu que as famílias realocadas para as moradias temporárias receberão benefícios sociais, como cestas básicas durante um ano, além de qualificação profissional e um cartão que poderão utilizar na aquisição de utensílios domésticos.