A prefeitura de Porto Alegre vai reabrir três comportas do Cais Mauá a partir das 13h30min desta quinta-feira (28). De acordo com o diretor do Dmae, Maurício Loss, serão abertos os portões 4 (Sepúlveda), 2 (Embarcadero) e 6 (Catamarã). A decisão acontece em decorrência do recuo do nível do Guaíba, que marca 2m83cm, segundo dados da Defesa Civil de Porto Alegre, 17 centímetros abaixo da cota de inundação.
O prefeito Sebastião Melo decidiu fechar o sistema de comportas para contenção de enchentes do Guaíba na segunda-feira (25), quando o nível de água marcava 2m73cm no Cais Mauá. No dia seguinte, a prefeitura decidiu pelo fechamento das demais comportas. Na ocasião, o Guaíba estava em 2m77cm.
Guaíba invade a Avenida Mauá
Na quarta-feira, no final da manhã, o Guaíba chegou aos 3m17cm no Cais Mauá, conforme dados da prefeitura de Porto Alegre. A marca é a mais expressiva desde 1941, quando a medição chegou a 4m75cm no Centro Histórico. A prefeitura reforçou todos os portões com dezenas de sacos de areia. Conforme o Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), aproximadamente 190 toneladas de material foram utilizados.
Trechos da Orla invadidos pela água
No Trecho 1 da orla do Guaíba, em frente ao Gasômetro, o nível da água invadiu o deque e as passarelas, chegando próximo aos quiosques. Moradores da região e trabalhadores acompanharam a situação com preocupação.
Quem circulou pelo trecho 3 também se deparou com o avanço da água sobre as quadras esportivas.
Sistema de comportas
O sistema de comportas é composto por 14 portões que se estendem ao longo do muro da Mauá e nas passagens abaixo da Avenida Castello Branco. Desses, oito ficam abertos e outros seis estão fechados de forma permanente.
A última vez que havia ocorrido o fechamento foi no ano de 2015. Na ocasião, o nível do Guaíba chegou a 2m89cm.
Zona sul da Capital
Com a diminuição, famílias da zona sul de Porto Alegre começaram a retornar para as suas casas. Segundo a Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc), ao menos 36 pessoas já haviam deixado os abrigos. A maioria deles se encontrava no Instituto Educacional São Francisco, bairro Ponta Grossa.
Neste momento, 130 moradores permanecem estabelecidos em locais públicos. Além do espaço na Ponta Grossa, a prefeitura está recebendo a população afetada no Ginásio do Demhab, no bairro Santana, na Igreja Nossa Senhora da Boa Viagem, na Ilha da Pintada, e na Escola Estadual Custódio de Mello, na Vila dos Sargentos.
Moradores seguem fora de casa na região das ilhas
Embora o nível esteja baixando, diversas famílias seguem fora de casa, principalmente na região das Ilhas. A medição na Ilha da Pintada, na manhã de quarta-feira, indicava que a água extrapolava em 72 centímetros a cota de inundação no local.
Com a diminuição, famílias da zona sul de Porto Alegre começaram a retornar para as suas casas. Segundo a Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc), ao menos 36 pessoas já haviam deixado os abrigos. A maioria deles se encontrava no Instituto Educacional São Francisco, bairro Ponta Grossa.
Neste momento, 130 moradores permanecem estabelecidos em locais públicos. Além do espaço na Ponta Grossa, a prefeitura está recebendo a população afetada no Ginásio do Demhab, no bairro Santana, na Igreja Nossa Senhora da Boa Viagem, na Ilha da Pintada, e na Escola Estadual Custódio de Mello, na Vila dos Sargentos.
Na manhã desta quinta, conforme atualização da Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc), 166 pessoas estão em abrigos da Capital. Dessas, 73 estão no Ginásio do Demhab, no bairro Santana, 65 na Igreja Nossa Senhora da Boa Viagem, na Ilha da Pintada, 16 na Escola Estadual Custódio de Mello, na Vila dos Sargentos, e 12 no Instituto Educacional São Francisco, na Ponta Grossa.
Segundo a prefeitura, alguns moradores que estão no ginásio e no instituto vieram da Escola Estadual Alvarenga Peixoto, que servia de abrigo, mas precisou esvaziada em decorrência da enchente.
Na quarta, a Defesa Civil de Porto Alegre registrou cerca de 80 ocorrências. Dessas,65 referiam-se a remoção em áreas de risco.
— As equipes continuam de prontidão. E vamos atuando no restabelecimento dessas regiões de forma que as pessoas possam, num curto espaço de tempo, retomar as suas rotinas — destacou o coordenador da Defesa Civil da Capital.