Todo mundo inova, todo mundo tem acesso à tecnologia de alguma forma. É com esse pensamento que a secretária estadual de Inclusão Digital e Apoio às Políticas de Equidade, Lisiane Lemos, membro do Conselho Estadual de Inovação, pretende mostrar que o acesso é, sim, para todos.
Veja a seguir a entrevista com Lisiane.
Quando se fala sobre inclusão digital e equidade, ainda falta muito para um cenário ideal?
Acho que nunca vamos chegar no cenário ideal porque a tecnologia está sempre se reinventando. Todo mundo que trabalha com inovação, que usa o celular e está ligado à tecnologia, já está trabalhando de alguma forma com a inclusão digital. O que precisamos é despertar e conseguir fazer evoluir. Também temos um desafio de infraestrutura. Como vamos expandir, fazer 4G ou 5G chegar ao maior número de lugares, por exemplo. E ainda a qualificação de mão de obra digital.
Por que é importante investir?
O digital é uma forma de solucionar problemas de desigualdade econômica, social, educacional. Equidade é dar oportunidade na medida das desigualdades, no acesso a ferramentas. É importante para que todo mundo tenha qualidade de vida, consiga acompanhar a evolução da sociedade, tenha lugar de protagonismo, de fala e que possa, pelo menos, expressar sua opinião. É importante dizer que no RS, internet é um direito básico.
Quais políticas públicas no RS promovem a inclusão e ajudam a melhorar o cenário?
Elas vão desde você financiar aparelhos ou digitalizar assuntos de segurança para evitar golpes. O que posso dizer é que vamos priorizar ações em três grandes frentes. A primeira é voltada para todas as ações de educação digital, desde o ensino de programação e robótica. A segunda é a transformação digital do pequeno empreendedor, uma demanda que o governador trouxe: como faço para um cabeleireiro, uma costureira, a dona do mercadinho se digitalizar? E a terceira é a experiência do cidadão, ampliar serviços como o Tudo Fácil, as soluções de governo nos devices dos gaúchos.
A senhora acredita que os gaúchos já colhem frutos de equidade e inclusão?
A pandemia acelerou muito essas políticas de inclusão digital e equidade. Acho que o povo gaúcho está se modernizando. O desafio está muito mais em comunicação e acesso. As soluções existem, as pessoas precisam saber como achá-las. Estão ali, funcionam e funcionam rápido.