O prefeito Sebastião Melo (MDB) falou sobre a conclusão de obras na Capital em entrevista ao Gaúcha Atualidade desta quinta-feira (22). Um dos temas mais questionados por ouvintes e leitores foram os trabalhos no Quadrilátero Central, que envolvem reformas em área de 30 mil metros quadrados e preveem alargamento de calçadas, troca de pavimento, instalação de bancos, nova iluminação e câmeras de vigilância.
Na última semana, atendendo a um pedido de lojistas, a prefeitura suspendeu as obras para que não haja prejuízo às vendas de Natal. A paralisação segue até 1º de janeiro.
A previsão era de que as obras do Centro durassem cerca de 18 meses e fossem finalizadas no fim de 2023. No entanto, até agora, apenas três das 10 etapas foram iniciadas, mas não foram concluídas. Questionado, Melo disse apenas que há um esforço para que o prazo seja cumprido, sem confirmar se haverá ou não atraso:
— Reconheço que o histórico de Porto Alegre não é bom em obras, mas vamos fazer um esforço para cumprir. Estou trabalhando ainda com esse prazo (de 18 meses).
Melo também garantiu que, após as intervenções, não haverá mais ambulantes:
— Quando o Quadrilátero Central estiver pronto, não vai mais ter ambulantes no Centro. É nosso compromisso e tenho dito a eles (os lojistas).
Mobilidade urbana
Uma das promessas que Melo reforçou ao longo da entrevista foi a liberação das obras da Avenida Tronco, na zona sul de Porto Alegre.
— Vou liberar viariamente a Tronco até o final do ano. Todo o perímetro da Icaraí até a Carlos Barbosa vai estar pronto viariamente.
Melo citou obras de asfaltamento da Avenida Vicente Monteggia, Jorge Pereira Nunes e Estrada das Quirinas como avanços importantes na mobilidade. Além disso, lembrou da nova usina de asfalto que passou a funcionar no bairro Sarandi. O prefeito admitiu, no entanto, que o trabalho envolvendo asfaltamento de ruas é extenso:
— Com certeza chegaremos ao final do mandato não tapando todos os buracos, não asfaltando todas as ruas e nem trocando todos os asfaltos. São dezenas de recuperações asfálticas acontecendo em Porto Alegre, mas a cidade tem 2,8 mil quilômetros de ruas, é daqui até Tocantins. Para ter manutenção de uma cidade como essa, de asfaltos que têm 15 anos, não é uma coisa fácil. Mas posso afirmar com responsabilidade: não teve nenhum prefeito em dois anos que fez tanto asfalto como a gente está fazendo, embora ainda insuficiente.
À Rádio Gaúcha, Melo também falou sobre a pandemia e disse que não projeta o retorno da obrigatoriedade de máscaras no transporte coletivo.