O projeto de revitalização do Cais Mauá, em Porto Alegre, será apresentado nesta quinta-feira (25) pelo governo do RS, pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pelo Consórcio Revitaliza. O evento está marcado para as 16h30min no Palácio Piratini, no centro da Capital.
O consórcio selecionado pelo BNDES produziu a modelagem do projeto, um trabalho que foi iniciado em maio de 2021. Na fase inicial do trabalho, realizou workshops com diferentes setores da sociedade, além de levantamentos de campo e estudos ambientais, mercadológicos e técnico-jurídicos.
O evento contará com a participação do governador Eduardo Leite, do secretário extraordinário de Parcerias, Leonardo Busatto, do prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, e de representantes do BNDES e do Consórcio Revitaliza. A apresentação será transmitida pelos canais oficiais do governo do Estado.
A apresentação ocorre uma semana após a inauguração oficial do Cais Embarcadero, também na área portuária, assim como a revitalização do Muro da Mauá, entregue há cinco dias.
No mês passado, o projeto arquitetônico e urbanístico do Cais Mauá foi mostrado ao governador e ao prefeito. De acordo com o que Busatto disse ao colunista Jocimar Farina, a ideia é fazer uma concessão de toda a área. Em fevereiro, quando o contrato com o BNDES foi assinado, o governo chegou a avaliar a possibilidade de vender trechos da área, às margens do Guaíba.
Dessa forma, o governo gaúcho concede a área pra investimento e, em troca, a empresa vencedora coordena as melhorias e os espaços comerciais recebem as intervenções de quem for administrá-los. O estudo a ser apresentado nesta quinta-feira deverá apontar o período da concessão, que até agora não havia sido definido e depende da modelagem econômica.
Entre as intervenções urbanísticas e arquitetônicas previstas estão a reforma dos armazéns, paisagismo, integração com o Centro Histórico — um pedido do prefeito Sebastião Melo — e uma alternativa ao Muro da Mauá. A proposta precisará passar por aprovação do governo do Estado e da prefeitura.
Sobre as construções previstas, além da restauração dos armazéns, tombados pelo Patrimônio Histórico, não há definição de hotel, como chegou a ser previsto no primeiro contrato — assinado em 2010 e cancelado em 2019.
Até o mês passado, o objetivo do governo gaúcho era repassar a área do Cais Mauá para a iniciativa privada até abril de 2022, para quando estava prevista a realização da licitação.