Embora o prefeito Sebastião Melo, como a coluna mostrou na quinta-feira (15), também esteja empenhado em derrubar o muro da Mauá, a notícia mais promissora para botar o paredão abaixo vem agora do governo do Estado.
O novo edital para conceder o cais do porto à iniciativa privada – com lançamento previsto para janeiro de 2022 – deverá prever uma alternativa ao muro que separa Porto Alegre dos históricos armazéns. Ou seja, o investidor que assumir o cais, além de revitalizar o espaço e atrair empreendimentos, terá de executar a solução proposta pelo governo.
– Os estudos que vão embasar o edital, ao longo deste ano, é que apresentarão as alternativas para o muro. O próprio governador pediu isso – diz o secretário estadual de Parcerias, Leonardo Busatto.
Os responsáveis por esses estudos serão contratados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) – que, por sua vez, é o responsável por formatar todo o modelo de concessão do cais à iniciativa privada.
No último dia 9, acompanhados por Eduardo Leite e pelo secretário Busatto, diretores do BNDES fizeram uma visita ao porto da Capital. Foi nessa ocasião que Leite deixou claro: não dá para o muro ficar como está. Mas também é imprescindível que a solução proposta mantenha Porto Alegre protegida contra eventuais cheias do Guaíba.
Ou seja, é possível que a alternativa seja uma estrutura móvel, montada apenas quando o nível da água sobe (em Praga, na República Checa, o sistema é assim), ou uma versão mais baixinha do muro atual, que tem três metros. O certo é que, se não sumir, a barreira precisa ao menos diminuir.