Após a publicação do decreto estadual que libera aulas presenciais no Rio Grande do Sul a partir desta quarta-feira (28), o prefeito Sebastião Melo disse que a volta do ensino na Capital não pode depender apenas da vacinação dos professores.
O governador Eduardo Leite confirmou na terça-feira (27) que o Estado sairia da bandeira preta e iria para a vermelha. O motivo principal é permitir a volta das aulas presenciais, principalmente nas creches e nos primeiros anos escolares. Em Porto Alegre, a rede municipal deve voltar nesta quinta-feira (29).
Em entrevista à Rádio Gaúcha, no Gaúcha Atualidade, Melo disse que, apesar da vontade de aplicar vacinas em profissionais da área da educação, isso não pode ser um fator determinante para a volta das aulas presenciais.
— Eu brinquei que teríamos de dar aulas para as crianças nos bares ou nas igrejas, que já estão abertos há mais tempo — disse o prefeito.
Melo comentou que a cidade chegou a receber doses suficientes para imunizar o grupo de professores municipais, porém teve de cumprir as regras do Plano Nacional de Imunização (PNI).
O prefeito também defendeu a testagem em massa de cidadãos porto-alegrenses, chegando a citar locais como o Centro Histórico e a entrada de shoppings como possíveis pontos para isso. Se houvesse um caso positivo, essa pessoa seria rastreada para saber os locais por onde passou.
Além das escolas, Melo pediu ainda a liberação de quadras esportivas.
— Não vejo motivos para não permitir a prática de esportes nas quadras, mas respeitando todos os protocolos.
Por fim, o prefeito lamentou a falta de vacinas para a segunda dose em Porto Alegre e no Estado. Ele espera que uma nova remessa seja enviada pelo Ministério da Saúde em breve.