Poucas horas depois de publicado o decreto que autoriza o retorno do ensino híbrido - remoto e presencial -, escolinhas de Educação Infantil voltaram a receber alunos. No bairro Partenon, zona leste de Porto Alegre, a Cativar recebeu a primeira criança logo que abriu, às 8h desta quarta-feira (28).
— Graças a Deus — celebrou Caroline Zanella, ao deixar o filho na creche.
Na entrada, a escolinha criou um espaço para troca dos calçados, forma de reduzir a possibilidade de circulação do vírus da covid-19 em suas dependências.
A diretora Lisiane Aguirre Gouvea percebeu que uma mãe titubeou ao descer do carro.
— Os pais ainda têm dúvidas, nos ligam, e até na hora que chegam aqui perguntam se pode mesmo deixar. Agora temos liberdade para trabalhar — comemora.
A instituição tem 35 alunos, divididos em dois turnos.
A esteticista Lindsay Mendes, 35 anos, precisou organizar uma rede de apoio enquanto não contava com a creche. Na hora em que soube da liberação das atividades, ela conta que o filho Phillip pulou da cama e, em poucos minutos, estava pronto.
— Na segunda-feira, ele veio todo faceiro com a mochila. Depois, chorou quando soube que tinha fechado — relembra.
A escolinha Pirueta, no bairro Menino Deus, organizou as turmas para começar as lições no turno da tarde.
— Organizamos assim para não termos surpresas — justifica a diretora, Fernanda Barbat Antunes.
A Rede Tartaruguinha, com seis unidades em Porto Alegre, decidiu continuar fechada nesta quarta. A programação é voltar às aulas presenciais na quinta-feira, segundo o proprietário, Nilo Ortiz.
— Pelo decreto, estamos autorizadas, mas decidimos abrir somente amanhã para evitarmos o que ocorreu da última vez. Não queremos expor as crianças a tantas incertezas — explica, citando a segunda-feira, quando teve de dispensar os alunos no meio da manhã.