O número de pessoas pedindo dinheiro em semáforos ou vendendo produtos em meio aos carros durante a pandemia vem chamando atenção da Fundação de Assistência Social de Porto Alegre (FASC). A entidade deve realizar uma levantamento até o fim do ano para contabilizar o número de pessoas que vivem nas ruas da capital, e qual foi o impacto da pandemia nesse movimento.
De acordo com a coordenadora do serviço de abordagem social da Fasc, Patrícia Mônaco Schuler, em janeiro deste ano, cerca de 2,6 mil pessoas viviam nas ruas em Porto Alegre. Atualmente, não há nenhuma análise indicando elevação das pessoas nessa situação durante a pandemia, mas há indícios de que o número é maior.
— Isso já foi demandado para o próximo levantamento. Quando a gente coletar os próximos dados, vamos verificar o quanto daquela população de rua foi parar nessa situação por conta da pandemia — disse Patrícia.
Os dados vão levar em conta apenas moradores de rua, e não incluirão pessoas que trabalham vendendo itens em semáforos e que têm residência. Atualmente, a Fasc conta com cerca de 600 servidores atuando junto às 12 equipes de rua. Além de conversar com as pessoas em situação de vulnerabilidade, elas oferecem abrigo gratuito.
Nesta segunda-feira, reportagem de GZH mostrou a situação de pessoas que pedem dinheiro pelas sinaleiras de Porto Alegre. Em vários casos, há relatos de desempregados em função da pandemia que encontraram na rua um lar e uma forma de obter dinheiro.